China aumenta procura por couro brasileiro
A expansão da indústria automotiva na China está impulsionando a demanda por couro, beneficiando significativamente o Brasil. No primeiro semestre deste ano, 40% dos couros e peles exportados pelos curtumes brasileiros foram destinados ao país asiático. Essa matéria-prima é essencial na fabricação de estofados para carros elétricos, contribuindo para um crescimento esperado nas exportações do setor em relação a 2023, mesmo com a pressão sobre os preços de venda devido à oferta elevada.
De janeiro a junho, a China adquiriu 39,17 milhões de metros quadrados de couros e peles brasileiros, registrando um aumento de 33,3% em comparação ao mesmo período do ano passado. Essas compras representaram quase 30% do faturamento das exportações brasileiras de couro. A produção de automóveis e calçados na China havia diminuído significativamente, mas agora está se normalizando, com um retorno à produção e ao consumo.
O couro brasileiro atende bem aos setores moveleiro, automotivo e calçadista no mercado internacional, com cerca de 80% do couro produzido no país sendo exportado. Neste ano, com os abates de bovinos atingindo níveis recordes, a oferta de subprodutos como couro e sebo também aumentou. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, no primeiro trimestre de 2024, os curtumes receberam 9,32 milhões de peças inteiras de couro cru, um crescimento de 20% em relação ao ano anterior.
Com essa maior disponibilidade de matéria-prima, os curtumes brasileiros intensificaram a busca por compradores no mercado externo. Além da China, o Vietnã também se destacou ao dobrar suas importações de couro do Brasil. Esse cenário demonstra um movimento positivo para a indústria de curtumes brasileira, que continua a se adaptar e expandir suas exportações, aproveitando a crescente demanda global.
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