Estudos comprovam viabilidade econômica de sistemas sustentáveis na Amazônia e no Cerrado
Pesquisas realizadas pela Embrapa em parceria com o Banco Mundial mostram que sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e agroflorestais (SAFs) são não apenas ambientalmente vantajosos, mas também economicamente rentáveis para produtores na Amazônia e no Cerrado. Os estudos apontam ganhos em produtividade, geração de renda, criação de empregos e maior resiliência climática, evidenciando retornos financeiros superiores aos dos modelos tradicionais de pecuária extensiva e monoculturas.
Foram avaliados cinco sistemas representativos, que confirmaram a capacidade de ILPFs e SAFs de se adaptar tanto a pequenas quanto a grandes propriedades. Enquanto os sistemas integrados mostraram melhor desempenho econômico, os SAFs apresentaram resultados expressivos em cultivos de maior valor agregado, como açaí e cacau, quando analisados em períodos de longo prazo. Segundo os pesquisadores, os dados reforçam que essas práticas podem ser incorporadas em políticas de crédito rural, como o Plano Safra, e servir de base para estratégias de redução do desmatamento.
Apesar dos avanços, os estudos destacam a necessidade de superar barreiras financeiras, sociais e técnicas que ainda limitam a expansão dos sistemas sustentáveis. Entre elas, estão a falta de crédito compatível com o ciclo produtivo, carência de assistência técnica especializada e entraves de mercado. A expectativa é que o documento sirva como referência para ampliar políticas públicas e criar um banco de dados robusto que apoie a adoção dessas tecnologias no Brasil.
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