As exportações brasileiras de carne bovina in natura atingiram 268,6 mil toneladas em agosto, o maior volume já registrado para o mês, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O resultado representa avanço de 23,5% em relação a agosto de 2024 e, por pouco, não superou o recorde histórico mensal de julho deste ano, quando os embarques somaram 276,9 mil toneladas.

Em receita, as vendas de carne bovina congelada, resfriada e fresca alcançaram US$ 1,5 bilhão, crescimento de 56% na comparação com igual período do ano passado, quando o faturamento foi de US$ 964,3 milhões.

O bom desempenho, porém, veio acompanhado de maior concentração das vendas para o mercado chinês. Em agosto, o país asiático respondeu por 59% da receita das exportações brasileiras de carne bovina, consolidando sua posição de maior destino da proteína. A dependência preocupa o setor, já que o governo de Pequim pode adotar, a partir de novembro, medidas de restrição às importações para proteger o mercado interno.

Enquanto a China reforça a liderança, os Estados Unidos recuaram para a quinta posição no ranking de compradores, dividindo espaço com a Itália, ambos com 2,5% de participação. O México aparece em segundo lugar, com 5% — posição que até meados de 2024 era ocupada pelos norte-americanos, antes das chamadas “tarifas de Trump” ganharem destaque. Chile (4,4%), Rússia (4%) e Filipinas (3,2%) completam a lista dos principais destinos.